terça-feira, novembro 28, 2006

vacinas

Ontem levei Felipe para vacinar.
O posto de vacinação é perto, mas não o suficiente para ir à pé.
Fica em um hospital onde não há vagas para estacionar.Rodei meia hora saí, desisti, voltei e achei uma vaga na sombra.
Ele passou a noite enjoadinho, com febre.O marido deu uma força ficando com ele de madrugada.
Hoje ele está bem, dormiu a manhã inteira o que foi ótimo pois precisei sair e não gosto de deixa-lo só com a empregada.
Ele tewm uma cara sapeca que só vendo, agora que aprendeu a virar de bruços não quer fazer outra coisa.Sábado estava dormindo de bruços, perfeitamente confortável.
Fico triste quando penso que logo voltarei ao trabalho...

quinta-feira, novembro 23, 2006

O filhote já tem quase cinco meses.É muito fofo....
Agora está virando de bruços, erguendo um pouco.come fruta, sopinhas,mama,é bem guloso.
A irmã já tem 3 anos e meio e está muito esperta.Quer fazer de tudo,pergunta tudo,parece saborear a vida!

terça-feira, novembro 14, 2006

primavera dói


Não gosto muito muito da primavera aqui em Brasília.Não sei, acho que não combina.
Fica uma luz tão forte,uma memória que quase vem a consciencia mas que não chega nunca, uma certa angustia.
Prefiro os meses de seca.Combina mais com o cerrado,é quando as mais belas flores aparecem por aqui.
O clima hoje me dá a impressão de uma gilete cortando a pele.
Os cheiros e os barulhos ficam tão fortes!
Sou uma pessoa de gestos e emoções discretas.
Como o outono....

recomeçando


Não aguentei ficar muito tempo sem um blog.
Sinto falta de escrever, mesmo não sendo brilhante com as palavras.
escrever me justifica, me esclarece. Acabo de ter um filho e durante minha gravidez,por mais estranho que pareça, enjoei do micro.Não suportava nem ve-lo ligado.
Talvez este blog não seja tão visitado quanto o anterior, mas não tem problema.Quero faze-lo mais intimo, mais sincero.Terá menos imagens, para não ficar tão pesado quanto o anterior, que só podia ser visualizado com banda larga.
Não estou triste, mas não faço mais o tipo feliz toda vida.Nem preciso.Estou cansada de parecer tão calma.Mais tarde explico minha estranha relação com a tranquilidade.

Por que caderno colorido?
Antigamente era assim que as damas escreviam suas percepções:em um bonito caderno todo enfeitado que muito tempo depois era descoberto por alguém da família.Não sou uma dama,mas este é o espaço onde farei o rascunho da vida.

segunda-feira, novembro 13, 2006

aconchego

Estou quase no final de minha licença gestante.Estes momentos mágicos estão chegando ao fim.
É tão bom ficar com meu bebê, nutrindo-o,amando-o vendo cada pequena mudança em seu semblante, cada pequeno progresso que ele faz.
Ele se parece comigo. Ao abraçá-lo sinto uma familiaridade maravilhosa.Vivo abraçando, beijando, falando com ele.Tenho um luxo de contar com uma boa ajudante que cuida de tudo em casa pra mim, deixando meu tempo durante o dia totalmente disponível à ele.
À noite o marido e a filha chegam e outro bom momento se inicia. Dividir meu amor com outros seres amados.
Felipe adora a irmã de três anos e vice-versa.
Eles riem juntos, mesmo sendo tão pequeno ele já interage com ela.Acho que serão grandes amigos.
Estou feliz.Sei que estes momentos preciosos se tornarão raros quando eu voltar a trabalhar.
Talvez seja até melhor, para que ele cresça forte e independente.
Minha filhota que o diga.Quase morro de tristeza quando voltei a trabalhar e precisei deixá-la em uma creche.Mas hoje vejo que foi o melhor.Ela é alegre, segura, gosta de aprender e tenta fazer tudo sozinha.
Fico pensando em como eles serão daqui a vinte anos e só tenho um desejo: que sejam felizes. Sei que provavelmente a minha visão de felicidade não será a mesma deles, que farão escolhas que para mim serão incabíveis e peço a Deus que me dê sabedoria para respeitá-los.

Baú da memória

Tem um lugar em minha memória onde guardo o que me é mais precioso.Como um baú trancado a chave.Alí estão as coisas que me são mais caras ou que me foram- mas que ainda mantém a relevância:
Meu aniversário de três anos, o último que comemorei por um longo período.
Aprender a andar de bicicleta sozinha.
O primeiro 10 em matemática.
Descobrir que a menina feia e inadequada havia se transformado em uma bela adolescente.
O primeiro beijo e todo o resto....
A primeira viagem sozinha.
Passar no exame de motorista.
Descobrir que tinha amigos de verdade.
O primeiro carro.
Descobrir que ele me amava (e ainda ama) de verdade.
Exame de gravidez positivo.
Ecografias.
O chorinho da minha filha ao nascer.
Ser chamada de mãe.
Exame de gravidez positivo!
Ecografias.
A felicidade do meu marido ao voltar à sala de parto com nosso filho nos braços.
Foi meio difícil reduzir essas lembranças em pequenos tópicos, pois envolvem tantos sentimentos.
Mas é bom deixá-las gravadas.
A vida passa muito rápido e se deixamos o tempo leva tudo, apaga as lembranças. Como nuvens que encobrem o sol.
Durante esta doce tarefa, muitos momentos vão voltando a minha memória, como a luz do sol escapando por entre as nuvens e desejo ampliar a lista.
Acho que meu baú de boas lembranças está mais cheio do que eu pensava.É um exercicio maravilhoso, pois me é muito fácil lembrar os maus momentos, faço isso automaticamente, mas os preciosos momentos, ah, estes são como roupas e louças de gala: só aparecem de vez em quando.Não quero mais isso: quero usar tudo o que é bom o tempo todo.Chega de lembranças e calças surradas!